Cumprir todas as metas pré-estabelecidas, dedicação, bom relacionamento interpessoal. Quais são as características de um profissional competente e como medi-las?
Segundo a definição do dicionário Houaiss, a palavra competência é designada para um indivíduo de grande autoridade num ramo do saber ou do fazer, alguém notável.
Para o diretor executivo do Grupo Soma, Arlindo Felipe Jr., a competência profissional é uma combinação entre o saber e a produtividade.
“Competência não implica só a qualificação – a formação técnica para exercer determinada função – mas também os resultados. Sendo assim, o profissional competente é aquele que resolve os problemas”.
Perfil
De acordo com Arlindo, há algumas características bem distintas em um profissional competente, entre elas, o prazer pelo desafio.
“O colaborador competente é aquele que não tem medo do desafio, para ele o complicado torna-se um prazer. Se ele ocupa um cargo de liderança, ele não se preocupa em colocar a mão na massa, caso seja necessário”.
Arlindo ressalta também que, às vezes, o profissional pode ter competência, mas estar no cargo errado.
Por exemplo, uma pessoa boa em matemática não mostrará sua aptidão em cargos que exigem apenas a capacidade de se comunicar, e não o uso da matemática. Por essa razão, é preciso haver um alinhamento com o talento e a atividade profissional exercida.
Como medir?
A competência de um profissional, geralmente, é medida a partir de ferramentas de avaliação, que medem o desempenho com base nos resultados obtidos pelo mesmo.
“No mercado, o departamento de Recursos Humanos pode aplicar três tipos de avaliação: 90°, 180° e 360°. No primeiro caso, a avaliação é feita pelo líder ao seu liderado. Já na 180°, além da autoavaliação e da avaliação do líder direto, o colaborador é avaliado por um colega do grupo”.
“Na 360°, todos da empresa avaliam uns aos outros. Nestes casos, pessoas fora do âmbito da empresa também podem exercer sua opinião, como os fornecedores“.
O ideal
Arlindo destaca que o próprio profissional precisa saber qual é a sua aptidão e talento. Uma vez feita essa descoberta, ele será capaz de buscar sempre uma reciclagem técnica.
“Você pode ter o melhor curso do mercado na sua área de atuação, mas, se você odeia o seu trabalho, não vai adiantar”, finaliza.
Por: Luana Cristina de Lima Magalhães
27/02/09 – 10h50
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