Saiba como conseguir crédito para a sua empresa

Do G1

Todo proprietário de um pequeno negócio quer fazer a empresa crescer, mas muitas vezes esbarra na falta de dinheiro para fazer um investimento ou comprar mais matéria-prima.A primeira coisa a fazer é identificar se o crédito é mesmo necessário, diz André Luís Dantas, da unidade de acesso a serviços financeiros do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Muitas vezes o empresário acha que o problema é crédito, mas na verdade nós identificamos que é um problema de gestão, diz ele. Um exemplo frequente é o descasamento de prazos entre o recebimento do cliente e o pagamento do fornecedor.

O Sebrae não faz empréstimos, mas ajuda o pequeno empresário a organizar seu negócio e pode orientar sobre as linhas de crédito disponíveis no mercado.

Para Dantas, o melhor é procurar o banco com o qual a empresa já tem relacionamento, pois ele conhece o histórico de crédito e pagamentos da companhia.

Ele, porém, ainda vê problemas no acesso ao crédito. O empresário passa por uma via-crúcis para conseguir empréstimo, pelo excesso de garantias exigidas, afirma Dantas.

De modo geral, segundo ele, os bancos públicos oferecem taxas de juros mais atrativas, mas exigem mais garantias, enquanto os bancos privados exigem menos garantias, mas cobram juros mais altos.

A maioria das linhas de crédito oferecidas pelos bancos exige avalista (outra pessoa que assine e se responsabilize pelo pagamento da dívida caso a empresa não pague) ou alienação do bem. A alienação acontece quando, na compra de um bem, este fica registrado em nome do banco, que pode retomá-lo, em caso de falta de pagamento das parcelas.

Além disso, o empresário sempre tem que ficar atento a eventuais taxas extras cobradas pelos bancos, como a TAC (Taxa de Abertura de Crédito), e impostos como o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que podem deixar o crédito mais caro.

Os tipos mais comuns de financiamentos a empresas são os para investimentos e para capital de giro. O crédito para investimentos é usado para compra de uma máquina ou outro equipamento, para expansão da sede da empresa ou outra compra que aumente a produção da companhia. Já o capital de giro é usado para que a empresa tenha dinheiro em caixa para se manter, por exemplo para pagar seus fornecedores enquanto não recebe dos clientes.

Dantas vê vantagens em se formalizar, já que muitos bancos só oferecem linhas específicas para empresas para quem tem CNPJ. Se não, o empresário acaba tendo que acessar linhas para pessoa física, que costumam ter taxas mais altas, diz ele.

Informais
No entanto, algumas instituições têm linhas que atendem os empresários ou empreendedores informais. Agora existe, também, a opção de formalizar-se como microempreendedor individual (MEI), figura jurídica criada recentemente e para a qual já existem linhas específicas de crédito.

O Banco do Nordeste oferece linhas de crédito voltadas aos empresários informais, que têm que se organizar em grupo e se responsabilizam solidariamente pelo pagamento das dívidas de todos.

A vantagem é que não há muita burocracia: só é necessário documento de identidade, CPF e comprovante de residência para ter acesso ao financiamento, diz Estélio Gama Lyra Jr., superintendente de microfinanças do banco.

Os agentes do banco vão de porta em porta nas comunidades, meio que nem vendedores de Avon, oferecendo o crédito, segundo Lyra, mas quem tiver interesse também pode ligar no telefone do banco (0800-728-3030).

Por enquanto o sistema está disponível no Nordeste, em Brasília e no Rio e em breve estará em todo o Brasil, segundo o superintendente.

Deixe um comentário

Abrir
Olá, podemos te ajudar?
Evolução Contabilidade
Olá 👋
Podemos te ajudar?