Quais cuidados o líder deve ter na hora de indicar um profissional?

Indicar um amigo para exercer um cargo na mesma empresa em que você atua pode ser um sonho ou um pesadelo. Mesmo assim, líderes arriscam e indicam contatos pessoais para ocuparem uma vaga em aberto. Quais são os riscos dessa atitude?

De acordo com a coordenadora de recrutamento e seleção da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Priscilla Telles, o líder precisa ser cuidadoso com a prática de indicações profissionais.

“Quando realizamos uma indicação, estamos recomendando a qualidade profissional de um indivíduo e, por isso, o seu desempenho, tanto positivo quanto negativo, será vinculado à nossa imagem na empresa“.

Priscilla ressalta ainda que, para realizar uma indicação, o líder precisa ter certeza da qualidade técnica do profissional e também de sua adequação comportamental à organização.

Como contratar?
Na hora de contratar um profissional, Priscilla destaca que o gestor deve analisar se é uma indicação de cunho profissional (racional) ou pessoal (emocional) e se realmente atende às expectativas da empresa e às exigências do perfil da vaga.

“O gestor não deve descartar o processo de seleção convencional utilizado na organização. Com isso, o indicado deve ser incluído como mais um candidato e sem nenhuma prerrogativa em relação aos demais. A capacidade técnica e as características comportamentais devem ser avaliadas assim como a adequação à empresa“.

Contratação
Na opinião de Priscilla, ao errar em uma contratação, o gestor aumenta as despesas da empresa, além provocar uma desmotivação na equipe.

“Uma contratação errada traz muitas despesas para a empresa, considerando-se os investimentos para o recrutamento, seleção, adaptação e treinamento. Quando isso ocorre, o gestor pode ter uma equipe desmotivada, não propriamente por ter executado uma contratação errada, mas por outros motivos como: não ter valorizado seus colaboradores, sobrecarga da equipe durante o processo de seleção e ambientação do novo funcionário, além do desânimo de retroceder novamente à fase de busca de um novo profissional“.

Errei, e agora?
Caso a pessoa indicada não corresponda às expectativas, Priscilla aconselha que o gestor deve adotar uma postura profissional.

“No caso de não adequação, não se deve deixar de avisar a organização de sua decisão, pois isso pode gerar conflitos desnecessários e desinteressantes para o gestor“.

Quando o QI é válido?
Priscilla revela que ter pessoas de confiança (técnica e comportamental) em sua equipe é providencial, qualquer que seja o cargo. Se a pessoa se adequa à equipe com que vai interagir, não existe motivo para não ter esse profissional na equipe. “Normalmente, se usa a indicação em níveis hierárquicos mais altos, como presidência, diretoria e gerência”, finaliza Priscilla.

Por: Luana Cristina de Lima Magalhães
17/03/09 – 14h49
InfoMoney

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